Este é o momento de repensar a realidade das relações de trabalho, analisar e adaptar-se às mudanças agindo de maneira ética e consciente. Devemos buscar maneiras de oferecer mais uns aos outros além do que já fizemos, somente assim transformaremos a frieza de um contrato de trabalho em um pacto de comprometimento e prosperidade.
Este novo cenário requer profissionais cada vez mais atualizados e antenados com as mudanças, e é esta finalidade deste blog, deixar você informado sobre o "mundo do RH".

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Qual é o impacto da globalização para a gestão de pessoas? Entrevista com Luiz Carlos Moreno (rh.com.br)

A Globalização é um processo que está afetando várias categoria profissionais. Este "fenômeno" está atingindo a área de RH de alguma forma?
Luiz Carlos Moreno - A área de Recursos Humanos é, com certeza, a mais sensível da empresa. Tem a mesma importância que todas as demais, mas é pela sua própria natureza a mais afetada pelas mudanças humanas. O fenômeno denominado "Globalização" entra pela porta da frente porque exige uma postura nova e diferenciada das pessoas. Houve época em que os profissionais, influenciavam e eram influenciados pela circunscrição da organização na comunidade e, no máximo, no mercado por ela abrangido. Pessoas com parcos recursos, uma formação educacional mediana e algumas habilidades podiam até sobreviver confortavelmente nesse ambiente. Hoje o mercado é o mundo. Aumentou qualitativamente a exigência e a preparação das pessoas nesse novo cenário.

E quanto aos que pretendem ingressar no mercado, até que ponto a Globalização pode interferir nessas novas carreiras?
LCM - O ingresso no mercado de trabalho deveria ser hoje uma das maiores preocupações dos jovens. O mercado é cada vez mais exigente em formação e competências. Fico imensamente preocupado com essa garotada que privilegia o "bar da esquina" em detrimento das aulas na faculdade. Ainda que o bar tenha seus encantos e muitas aulas e professores tenham seus desencantos. Quero lembrar aqui também, que poderiam aproveitar os trabalhos em grupo para essa mesma finalidade, aprender a trabalhar em equipe. Na escola, em um grande número de casos, um faz e os outros assinam o trabalho. Isto é, "carrega os outros nas costas". Na empresa ninguém vai carregar ninguém. A competição trazida pela Globalização é mais acentuada e delineia um quadro crescente de competências. Educação continuada é a chave. Quero dizer com isso que cada hora dedicada ao desenvolvimento pessoal, intelectual, emocional e espiritual, enfim ao aprendizado, é por demais preciosa. O conhecimento humano avança numa velocidade jamais vivida antes. Basta observar que as grandes organizações já investem cerca de 50 horas por ano, por pessoa, em atividades de ensino aprendizagem. As carreiras passam por mudanças importantes. Estudos e projeções mostram que uma pessoa hoje, na faixa etária dos 40 anos tem grande possibilidade de se aposentar tendo exercido uma única profissão na vida. Já os jovens que ingressam hoje no mercado de trabalho têm grande possibilidade de se aposentar tendo exercido três ou quatro profissões diferentes. Tudo isso, decorrência de um fenômeno que acelera mudanças econômicas, sociais (como a que estamos abordando) e tecnológicas.

Como os profissionais podem enfrentar a Globalização, uma vez que este processo está sendo apontado como um dos responsáveis pelo crescimento do desemprego?
LCM - O fato é que o desemprego tem várias causas, uma delas é político-econômica, segundo a orientação, medidas, tributação excessiva e interferências governamentais. Outra é a formação educacional. Os países desenvolvidos, resolveram em primeiro lugar a formação. Em recente reportagem a revista Veja, noticiou que "entre os universitários, a taxa de desemprego é de 3%, ou seja, padrão de economia americano. Para quem não acabou o ensino médio é de 13%, o dobro da média brasileira".

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